O câncer de pele não melanoma é o mais frequente no
Brasil e corresponde a cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no
país, segundo o Ministério da Saúde. Apresenta altos percentuais de cura, se
for detectado e tratado precocemente. Entre os tumores de pele é o mais
frequente e de menor mortalidade, porém, se não tratado adequadamente, pode
deixar mutilações bastante expressivas.
Mais comum em pessoas com mais de 40 anos, o câncer de pele é raro em crianças e negros, com exceção de quem já é portador de doenças cutâneas. No entanto, com a constante exposição de jovens aos raios solares, a média de idade dos pacientes vem diminuindo. O do tipo melanoma representa apenas 3% das neoplasias malignas e é o tipo mais grave, devido à sua alta possibilidade de provocar metástase – disseminação do câncer para outros órgãos.
Pessoas de pele clara, sensíveis à ação dos raios solares, com história pessoal ou familiar desse câncer ou com doenças cutâneas prévias são as mais atingidas. Elas e quem tem olhos claros, cabelos ruivos ou loiros ou é albino são os que mais devem evitar a exposição prolongada e repetida ao sol (principalmente na infância e adolescência) e à radiação artificial.
“É importante que nós evitemos a exposição prologada ao sol entre 9h e 16h, que procuremos lugares com sombra, que usemos proteções adequadas como roupas, bonés ou chapéus de abas largas, óculos escuros com proteção UV, sombrinhas e barracas, que usemos filtro (protetor) solar com fator de proteção 15, no mínimo, e que não nos esqueçamos de proteger os lábios”, recomendou a oncologista Patrícia Amorim.
A doença se desenvolve principalmente nas áreas do corpo mais expostas ao sol como rosto, pescoço e orelhas, podendo destruir essas estruturas. Ela apresenta-se por meio de manchas na pele que coçam, ardem, descamam ou sangram e feridas que não cicatrizam em até quatro semanas. Nesses casos, deve-se procurar o mais rápido possível um médico especialista.
“A detecção precoce pode ser feita por meio da investigação com exames clínicos, laboratoriais, endoscópios ou radiológicos, de pessoas com sinais e sintomas sugestivos da doença (diagnóstico precoce) ou de pessoas sem sinais ou sintomas (rastreamento), mas pertencentes a grupos com maior chance de ter a doença. Entretanto atenção: O diagnóstico só pode ser dado pelo dermatologista ou oncologista após analisar os exames”, acrescentou a médica.
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